Depois dos
primeiros dias de muitas experiências magníficas em Millau pegamos
a estrada em direção a Casteljau, no caminho esticamos duas linhas
de Wateline, este pico vai ser revelado mais pra frente. No caminho
conseguimos contato com o Mathieu Pertus, um francês que já esteve
no Brasil conhecendo os Highlines do Rio de Janeiro. Ele nos convidou
a ficar no camping dele e isso foi uma boa notícia, depois de uma
longa viagem de motorhome passando pelos túneis nas Gorges du Tarn
ainda teríamos que procurar o camping que havíamos pesquisado, a
maioria dos campings começam a fechar no início do Outono e alguns também tem um horário limite para entrar. Por volta de
onze horas chegamos à cidade, estava um frio intenso, estacionamos e
saímos para jantar. Finalmente por volta de meia-noite chegamos no
camping e o nosso novo amigo nos aguardava, conversamos um pouco e
logo fomos descansar porque no dia seguinte já planejamos muitas
descobertas.
O dia
seguinte infelizmente amanheceu chuvoso, tomamos um bom café da
manhã francês e o Mathieu nos sugeriu conhecer uma cidade antiga em
estilo medieval em Naves, foi o nosso primeiro Day Off. Depois deste
belo passeio programamos o que faríamos no próximo o dia, mas esse
lugar muito lindo em Ardéche guardava muitas surpresas. Uma dessas
novidades seria o Hope Swing, o Mathieu ainda nos apresentou através
dos vídeos de arquivo dele a modalidade nova no Slackline que é o
Rodeo, apesar de não termos tido a oportunidade treinar o Rodeoline,
ele ficou sendo a minha maior referência neste estilo, os vídeos
dele são incríveis, está modalidade vamos apresentar mais pra
frente quando realmente tivemos a nossa primeira experiência e que
foi através de um dos amigos dele, o Pierre Jean, que vai se tornar
um grande amigo num próximo encontro e nos guiar em outros picos
incríveis de Highline na França.
Ok, tudo
certo e agora com uma boa previsão de sol pegamos o motorhome e
seguimos para o pico do Highline. Enquanto montávamos a linha os
amigos do Mathieu chegaram para dá um rolé com a gente e trouxeram
todos equipos necessários para montar a linha de hope swing, e aja
corda. Para quem ainda não esta acostumado e até para quem já
conhece certas manobras do Trickline, o que estes caras fazem no
Highline deixa qualquer um vidrado, impressionado! É o estilo
“gringo” de viver o Highline e gastar na fita. Entre uma
travessia e outra registrando imagens sensacionais a galera preparava
a linha do voo, e a Flor, uma mulher incrível de beleza exótica com
muita experiência e deu todo suporte na montagem do Hope Swing, ela é
esposa do Thomas, eles vivem em um mini motorhome quando estão na
estrada em busca dos picos de Slackline, além de viver nesse estilo praticando o Esporte eles ainda tem um cão muito lindo que se chama Copain. O outro amigo
que está junto com eles nesta trip é o Pierre Jean, que mencionei
antes.
Depois de
tudo certo e a segurança checada o Mathieu nos mostrou com o belo
jump no penhasco a linha do Hope Swing, é uma loucura se jogar no
vazio como se estivesse com o paraquedas nas costas, mas a segurança
é apenas por cordas e equipamentos de escalada. A partir daí eu
assumir a parte segurança e a galera começou a se revesar nos voos,
meu parceiro Gabriel Faria pulou tantas vezes que até perdi as
contas, fiquei com o braço bombado como a gente fala na escalada de
tanto puxar corda e preparar o próximo salto. Observando que o
Highline estava bem próximo à linha de voo me veio à ideia de que
tínhamos de fazer também o Swingline, que é caminhar solto no
Highline com a segurança do salto em cordas por uma linha distante
estendida sobre o vazio, depois de analisar bem o pendulo de todos os
saltos então me preparei para caminhar livre no Highline, só de
imaginar a queda em direção ao penhasco a adrenalina já aumentava,
é preciso uma boa experiência e cuidado para não cair para o lado
contrário do pendulo e principalmente manter as cordas de segurança
longe das pernas e pescoço. Entrei no Highline e caminhei até onde
foi possível, ao sentir a corda me puxando e já com as pernas
tremendo me lancei no penhasco, foi uma sensação das iradas que já
sentir. Era o primeiro salto de abertura da modalidade no local. Após
da a volta assumi a segurança novamente e dei suporte para o Mathieu
pular e os amigos que também não hesitaram em experimentar o voo no
Swingline e assim dia fechou com essas experiências novas, belas
surpresas e uma grande realização.
Essa
região é realmente muito impressionantes, a água dos rios é
convidativa, mas nesta época é muito gelada. Os vales revelam uma
beleza por entre as gigantes Gorges que formam um cenário épico. E em um desses lugares magníficos conhecido como Vallon Pont-d´-Arc está uma bela formação natural impressionante, e debaixo deste arco tem
a mais bela linha de Waterline da região na França. São 60 metros
de fita estendida de uma margem a outra que gera um grande desafio,
desta vez apesar do frio intenso eu e o Gabriel já estávamos mais
preparados para este rolé, inclusive sugerimos esticar esta linha
que é a maior. Mas infelizmente não nos demos muito bem com essa
fita, a mesma que usamos também na linha Franco Brasileira com
aproximadamente a mesma distância. Foi um grande desafio para todos,
mas a galera depois de também tomar umas quedas atravessaram com
muita audácia, pois o vento em alguns momentos dificultou mais
ainda.
Este um daqueles belos lugares que pode dizer que é um paraíso, e muito convidativo para a prática de escalada solo
sobre a água que é conhecida de Psicobloc. Claro que eu não pensei
duas vezes, dei uma escaladinha e saltei na água depois, mas não
pude curtir muito porque além da água está muito fria e o dia
passou rapidamente e ainda tínhamos muita estrada pela frente, e no
dia seguinte teríamos mais Highlines em outra cidade, grandes
desafios nos aguardavam e muitas experiências para vivenciar. Sem
falar da despedida, os amigos novos deixam saudades, trocamos muita
experiência e levamos em nossa bagagem o peso deste conhecimento,
dos momentos incríveis que vivemos em cada lugar com essas pessoas
com estilos de vida impressionantes, que dão valor a vida e fazem de
todos estes momentos um significado maior ainda maior, são essas as
portas que nos foram abertas, fomos muitíssimos bem recebidos eu sou
eternamente grato a cada uma dessas pessoas. E neste lugar em
especial o meu agradecimento vai para o Mathieu Pertus por nos
proporcionar estes momentos e nos apresentar novos amigos, o Pierre
Jan, o Thomas e a Flor, esses dias com vocês foram inesquecíveis
espero que curtam bastante as imagens neste Episódio Três do
Slackline, espero recebe-los aqui no Brasil um dia, grande abraço
para todos.
Convido a curtir a Fan Page e ver as fotos dos episódios anteriores e este também, são muitas imagens que começo postar compartilhando um pouco mais destes momentos com vocês a partir de agora. Obrigado pela visita, leia mais sobre minhas conquistas nas matérias anteriores. Abraço à todos, até a próxima!
Ah, veja aqui um pouco do que vem no próximo Episódio: Swingline e Hope Swing no Ep3 Assista.
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