terça-feira, 28 de janeiro de 2014

SlackTrip Europa Ep.2

Atravessamos os mais incríveis penhascos na Europa para mostrar os cenários mais irados dessa modalidade conhecida como Highline. Neste segundo capítulo da série vamos ter esses lugares ilustrados por uma paisagem surpreendente no Rio Tarn onde realizamos nossa primeira conquista deixando nosso registro no País do equilibrista, um marco na nossa viagem que a gente compartilha com vocês através do Canal Off. E a emoção do meu parceiro Gabriel Faria que ao realizar uma manobra pela primeira vez no Highline não conteve as lágrimas e também falou dessa experiência maravilhosa de viver o sonho na Europa e está com pessoas incríveis num lugar magnífico como este.
Assista agora o vídeo no Site e veja um pouquinho do quem tem no próximo Episódio:
Após nossa primeira experiência nas montanhas francesas em Millau com o Highline da Princesa, no dia seguinte saímos com a ideia encontrar um pico para prática de Slackline. Ao seguir por uma rodovia nas margens do Rio Tarn ficamos deslumbrados com a paisagem e procuramos um local pra parar com o motorhome. Surpresos com uma paisagem tão incrível, mais do que imaginávamos pelo que já tínhamos visto em fotografias, comecei a ver a possibilidade de que a Linha magnífica de Waterline seria perfeito naquele lugar, e se conseguíssemos esta realização seria uma conquista histórica para nós e para o Esporte.
Perguntamos ao nosso amigo Guillaume Rolland que nos trouxe para conhecer este lugar se alguém já havia esticado uma linha neste local e ele nos respondeu com toda certeza que não, que seria a primeira vez. Isso nos motivou mais ainda, seria como deixar na França um legado após a nossa trip slackline, na verdade é esse o sentido da nossa Slack Trip, deixar por onde passamos o legado das conquistas , seja com um point definido ou com essa visão que compartilhamos, da escolha dos lugares para a prática do Esporte, além da participação das pessoas que fica historicamente gravada no nosso Programa e os feitos que realizamos também entra para a História do Slackine.
Após a definição dos pontos de ancoragens tivemos um grande obstáculo que era transpor o rio sem se molhar nas águas geladas do Tarn, neste final de Outono quando visitamos este local a temperatura já estava bem baixa, então nosso grande desafio nesta conquista já era encarar o frio e molhado não aguentaríamos muito tempo, podíamos até passar mal. Surgiu então a ideia de alugar um kaiake, mas chegando no trailer onde tinha um senhorzinho todo agasalhado vendo televisão, recebemos a notícia que a temporada já havia encerrada e ele não podia mais alugar os kaiakes, mas nos sugeriu um hotel ali bem pertinho onde poderíamos encontrar um. Chegando lá nosso amigo guia da Trip Paul Tridoux explicou em frânces sobre a nossa intensão no local e, as coincidências não pararam, estávamos falando direto com o dono do Hotel que estava lá, o que é difícil acontecer segundo a recepcionista. Depois de alguns minutos de bate-papo chegou mais senhor que por incrível que pareça é o prefeito da cidade, o Guillaume nos disse que estava com a intensão de realizar outros projetos na área, mas precisava de autorização, aproveitou a ocasião e falando pessoalmente com as pessoas certas no lugar certo ou inesperado assim conseguiu. Fomos super bem recebidos por estas pessoas e depois dessa conversa o Paul nos deu a boa notícia também de que estava tudo certo, conseguimos o Kaiake e assim partimos para missão.
O dia estava incrível e o reflexo da água revelava um cenário surpreendente, era até tentador dar um mergulho na água límpida deste lugar com esta paisagem magnífica, mas por está muito frio isso não foi possível. E para evitar que caíssemos na água resolvemos colocar a fita um pouco mais alta e usar a segurança de Highline. Assim ao invés de Waterline a Linha se tornou um Midiline, quando a altura é suficiente para proteger-se da queda, não é muito alto e nem muito baixo, mas permite a segurança mínima. Vocês ainda não viram, então neste episódio a partir desta incrível experiência vocês vão acompanhar o estilo dos “Gringos” na fita, a maneira como eles andam é normal, mas com o estilo próprio que o Esporte dá a cada um de nós. Estou falando do estilo como eles praticam o Slackine, no sentido da origem da palavra, Linha Bamba! É incrível como eles exploram o equilíbrio do corpo. Nós já temos nosso estilo próprio também que é com a fita um pouco mais retesada, principalmente para as linhas de longas distâncias. Eu apesar de já ter observado esse estilo deles pelo que acompanhava e via na internet, eu também estava acostumado a andar com a fita bem retesada, então essa primeira experiência foi bem exaustiva pra nós. Demos um rolé legal, mas apanhamos bastante! Já o Guillaume mostrou com estilo próprio como é possível, basta achar o equilíbrio sorrir e andar..., afinal o Slackline é pura diversão. Depois deste rolé irado trocamos uma ideia e eu sugeri que o nosso amigo pensasse num nome para batizarmos esta linha, e ele prontamente pensou justo na experiência de está ali dividindo este momento com nós brasileiros e ao intender perfeitamente, consagramos está grande conquista na França, batizamos com o nome em nossa homenagem, Linha Franco Brasileira.
Além dos desafios neste esporte está a experiência, buscamos os lugares mais desafiadores e nos preparamos isso, para realizarmos um sonho é preciso dá o primeiro passo e se manter em equilíbrio até afim. Nesta segunda parte vocês vão conhecer a doce e selvagem linha de Highline ou Wild Honey, como queira. De fato para mim foi que eu sentir com a experiência de esse Highline, caminhei por uma surpreendente crista que me levava para um paredão enorme onde puder ver e sentir um ambiente realmente selvagem, alto, muito alto. Quando olhava para baixo via algumas miniaturas de pinheiros e me lembrava que quando passei lá em baixo na trilha a maioria deste pinheiro tem aproximadamente uns trinta metros, é de arrepiar só de imaginar.
Lancei a bola para o outro lado do penhasco onde estava o Gabriel e o Guillaume, junto com o Paul e toda equipe que cuidavam de fazer o registro desta missão e da ancoragem do Highline. Fui descendo no paredão até sentir meus pés no vazio, equalizei os pontos de ancoragens devidamente como tem que ser, puxei a fitas e predi, tudo certo! Do outro lado a galera esticou o Highline e a brincadeira ficou séria, foi nesse lugar e nesse momento que minha fixa caiu, foi o impacto de que realmente a Trip tinha começado pra gente e nós estávamos na Europa fazendo Highline, vivendo uma viagem dos sonhos.


O local onde vivenciamos essa experiência é incrível! É conhecido como Gorges de La jonte, e fica nas proximidades do Rio Tarn onde também tem várias outras formações rochosas conhecida como Gorges du Tarn. A linha tem um nome que realmente representa a sensação de está no local, a Wild Honey, ela tem apenas 20 metros, mas com uma altura impressionante, o que torna o Highline um verdadeiro desafio. Neste episódio revelamos como escolhemos alguns destes picos de Highline, além de estarmos acompanhado de pessoas que conhecem bem o local, claro! O Guillaume Rolland inclusive é um dos conquistadores desta linha juntamente com outra pessoa incrível que é o Christian Kr, vamos falar sobre ele mais para frente. Tem um blog chamado highline database.com lá os picos de Highlines que foram definidos pelos conquistadores estão registrados com a localização no googlemaps e com as informações básicas de acesso e o que é necessário para realizar a montagem. Isso é de uma utilidade enorme, e assim pretendemos em breve registrar todos os nossos Points de Highline aqui no Brasil também, assim quando alguém, de qualquer lugar do mundo, tiver interesse em conhecer estes lugares, poderá ter uma noção básica do que será necessário usar para repetir as Linhas. Existe outro site no google onde também registramos os Points de Slackline no Brasil, mas também está desatualizado. 
Link para: highline database
O Guillaume se tornou um grande amigo, esse cara é um exemplo de pessoa, tem sua profissão e é um atleta nato do Slackline que pratica o Esporte por estilo de vida. Foi a primeira pessoa que, pra mim, encontrou as palavras certas para definir os desafios de se fazer um Highline como um todo, a sensação de dever cumprido, a missão que se completa não apenas pelo atravessar a fita, e sim com o andar na fita após todo trabalho que envolve e que faz parte do desafio! É isso que faz dele um exemplo. A conquista da linha Franco Brasileira e o desafio de andar na fita muito, o frio intenso, essa experiência toda foi muito importante para nós, foi o nosso primeiro passo na evolução com o Slackline na Europa e sem dúvida o mais importante, podemos dizer que foi por onde realmente começamos nessa Aventura. Um momento que sempre vamos lembrar com muita saudade.
Grade abraço e obrigado por tudo mais uma vez.

Acesse para ver mais fotos: Atleta Gideão Melo Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário